segunda-feira, 9 de abril de 2012

Plantas interativas ganham capacidade de se comunicar com pessoas


Um grupo de pesquisadores da Universidade Keio, no Japão, está criando uma planta interativa, capaz de expressar suas emoções e de se comunicar com seres humanos. O propósito do projeto, de acordo com o site DigInfo TV, é tornar as plantas ainda mais vivas e encorajar a comunicação delas com as pessoas, por mais estranho que isso pareça.
Para possibilitar toda essa ação das plantas, os pesquisadores estão usando fios transparentes, motores e um microfone. Boas partes dos movimentos da arvorezinha são feitos com base naquilo que ela “percebe” do mundo exterior, graças aos sensores de movimento integrados a ela.
Além disso, o projeto tem ajudado a combater alguns mitos sobre o desenvolvimento botânico em geral. Uma pesquisa anterior, por exemplo, indicava que se uma planta fosse manipulada diariamente, ela teria o crescimento interrompido. Porém, isso não é o que vem acontecendo com as pequenas árvores “hackeadas” pelos pesquisadores, já que elas continuam a crescer de maneira saudável.



By: Dionatan e Gabriel K.

Fonte Tecmundo

terça-feira, 3 de abril de 2012

Tabela periódica ganha mais dois elementos


NOVA YORK - Um comitê internacional de químicos e físicos incluiu dois novos elementos na tabela periódica, os números 114 e 116.
A tabela tem oficialmente 114 elementos - Reprodução
Os novos elementos, que não têm nome oficial, existiram por menos de um segundo antes de desaparecer, mas foram incorporados na tabela que tem outros elementos mais conhecidos, como o hidrogênio, carbono e nitrogênio.
Os elementos reconhecidos somam 114, isso porque os identificados como 113 e 115 não foram aceitos oficialmente, explica Paul Karol, da Universidade Carnegie Mellon.
Karol presidiu o comitê que reconheceu os novos elementos com base em experimentos realizados em 2004 e 2006 com colaboração de cientistas da Rússia e do Laboratório Nacional LawrenceLivermore, na Califórnia.
Nos últimos 250 anos foram adicionados novos itens a cada dois anos e meio, em média, disse Karol.
Os cientistas envolvidos foram convidados a sugerir nomes para os novos elementos. Os números se referem ao número de prótons no núcleo. Eles foram obtidos pela combinação de dois elementos mais leves na esperança de se manterem estáveis, disse.
fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vida,tabela-periodica-ganha-mais-dois-elementos,tabela-periodica-ganha-mais-dois-elementos,729764,0.htm
Maura e Fernanda 

Gps Interestelar


Cientistas desenvolvem "GPS interestelar"
Cientistas alemães estão desenvolvendo uma técnica de navegação espacial que usa pulsares - estrelas mortas - como uma espécie de guia. O sistema, que usa os sinais de raio X emitidos pelas estrelas para identificar posições extremamente precisas, foi apresentado nesta sexta-feira, 30, durante o Encontro Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, na Universidade de Manchester. 

As pulsares são estrelas densas, que têm um movimento do rotação intenso e emitem raios em padrões tão estáveis que se comparam à performance de um relógio atômico. Esta propriedade é perfeita para a navegação interestelar, dizem os pesquisadores. 

Se uma nave tiver meios de detectar as emissões, poderia comparar o tempo de sua chegada aos previstos no local de referência. Isso permitira aos astronautas determinar sua posição com uma margem de erro de apenas 5 quilômetros em qualquer lugar da galáxia. 

"O princípio é tão simples que definitivamente pode ser colocado em prática", disse Wener Becker, do Instituto Max-Planck de Física Espacial. "Essas pulsares estão em todos os lugares do universo e sua radiação é tão previsível que tal experiência seria bastante direta", disse. 

A proposta se assimila à usada no sistemas de GPS (Global Positioning System, ou Sistema Global de Posicionamento, em português) usado por motoristas de todo o mundo. As transmissões das informações obtidas por meio dos raios das pulsares seriam passadas para as naves via satélites. 

Os sistemas atuais de navegação espacial não são precisos e requerem uma série de antenas instaladas aqui na Terra. Os satélites Voyager, da Nasa, por exemplo, que são os dispositivos mais distantes do planeta (a aproximadamente 18 bilhões de quilômetros, perto do fim do Sistema Solar), se deslocam e preveem posições com uma margem de erro de várias centenas de quilômetros. 

Ainda não se pode saber, porém, se a navegação por meio das emissões das pulsares será usado a curto prazo. Os telescópios usados para a detecção desses raios são pesados e volumosos, o que requer um processo de miniaturização para que eles sejam levados junto das naves. Tais dispositivos, afirma Becker, já estão em desenvolvimento, mas devem ficar pronto em 15 ou 20 anos. 


Cientistas desenvolvem "GPS interestelar"
Cientistas alemães estão desenvolvendo uma técnica de navegação espacial que usa pulsares - estrelas mortas - como uma espécie de guia. O sistema, que usa os sinais de raio X emitidos pelas estrelas para identificar posições extremamente precisas, foi apresentado nesta sexta-feira, 30, durante o Encontro Nacional de Astronomia da Grã-Bretanha, na Universidade de Manchester. 

As pulsares são estrelas densas, que têm um movimento do rotação intenso e emitem raios em padrões tão estáveis que se comparam à performance de um relógio atômico. Esta propriedade é perfeita para a navegação interestelar, dizem os pesquisadores. 

Se uma nave tiver meios de detectar as emissões, poderia comparar o tempo de sua chegada aos previstos no local de referência. Isso permitira aos astronautas determinar sua posição com uma margem de erro de apenas 5 quilômetros em qualquer lugar da galáxia. 

"O princípio é tão simples que definitivamente pode ser colocado em prática", disse Wener Becker, do Instituto Max-Planck de Física Espacial. "Essas pulsares estão em todos os lugares do universo e sua radiação é tão previsível que tal experiência seria bastante direta", disse. 

A proposta se assimila à usada no sistemas de GPS (Global Positioning System, ou Sistema Global de Posicionamento, em português) usado por motoristas de todo o mundo. As transmissões das informações obtidas por meio dos raios das pulsares seriam passadas para as naves via satélites. 

Os sistemas atuais de navegação espacial não são precisos e requerem uma série de antenas instaladas aqui na Terra. Os satélites Voyager, da Nasa, por exemplo, que são os dispositivos mais distantes do planeta (a aproximadamente 18 bilhões de quilômetros, perto do fim do Sistema Solar), se deslocam e preveem posições com uma margem de erro de várias centenas de quilômetros. 

Ainda não se pode saber, porém, se a navegação por meio das emissões das pulsares será usado a curto prazo. Os telescópios usados para a detecção desses raios são pesados e volumosos, o que requer um processo de miniaturização para que eles sejam levados junto das naves. Tais dispositivos, afirma Becker, já estão em desenvolvimento, mas devem ficar pronto em 15 ou 20 anos.  



Alysson e Kiane

Plástico morfológico muda de textura conforme a necessidade


Plástico morfológico
Existem plásticos dos mais diversos tipos, de totalmente flexíveis e muito rígidos, de totalmente transparentes a totalmente opacos.

Mas, uma vez fabricados, eles ficarão com suas características próprias até o fim dos seus dias.
Agora, engenheiros descobriram uma forma de fabricar um plástico que, depois de pronto, se altera conforme a necessidade.
"Nós inventamos uma técnica que é capaz de gerar dinamicamente uma rica variedade de padrões, com vários formatos e tamanhos, em grandes áreas de plásticos macios ou polímeros," disse o professor Xuanhe Zhao, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.
A alteração é induzida eletricamente - dependendo da tensão aplicada ao polímero, ele assume uma textura diferente.


Pisos e Luvas

O primeiro exemplo desse plástico morfológico é um material que muda sua textura, passando de liso a rugoso, e vice-versa.

Isto permitirá, por exemplo, a construção de pisos para veículos, que fiquem lisos para facilitar a colocação das cargas, e depois passem a apresentar uma rugosidade, para impedir que a carga escorregue e se desloque durante a viagem.

O pesquisador cita outra possibilidade de aplicação: luvas cujas "digitais" possam ser mudadas dependendo da atividade - de manipular materiais de laboratório até escalar montanhas.
O processo de mudança da textura superficial do material é muito rápido.
"O chaveamento é muito rápido, na faixa dos milissegundos, e os tamanhos dos padrões podem ser configurados, de milimétricos até submicrométricos," disse Qiming Wang, que realizou os experimentos.


Post by: Dionatan e Gabriel K.

Fibra mais forte do mundo mistura natureza e alta tecnologia


Pesquisadores coreanos criaram as fibras mais fortes do mundo usando a seda de aranha como inspiração para misturar dois materiais de última geração: nanotubos de carbono e grafeno.
Seon Jeong Kim, que já havia criado um tecido artificial de DNA com nanotubos, encontrou uma maneira de mesclar os nanotubos, que são cilíndricos, com folhas de óxido de grafeno, que são planas.
A inspiração para esta mistura insólita veio da seda das aranhas.
"A seda das aranhas é muito forte e flexível, e ela é composta de dois tipos de proteínas: um tipo planar, uma estrutura 2D conhecida como nanocristais beta, e um tipo corda, uma estrutura 1D conhecida como fios beta," explica Kim.
O pesquisador misturou as duas nanoestruturas de carbono em uma solução aquosa de álcool polivinílico (PVA) da qual foram gerados os fios, tratados com metanol para aumentar a cristalinidade do material.
Enquanto o elogiado fio de segurança das aranhas tem uma tenacidade de 165 J/g, as novas fibras compósitas alcançaram até 970 J/g, superior ao bem conhecido Kevlar®, usado em coletes à prova de balas, que alcança 786 J/g.
Depois de testar múltiplas combinações de nanotubos e folhas de óxido de grafeno, o grupo de Kim concluiu que os melhores resultados são obtidos com uma proporção 1:1, que permitem o alinhamento espontâneo dos tubos e das folhas ao longo da direção da fibra.
Uma tenacidade de 970 J/g é o mais alto valor já relatado para qualquer material, o que torna este compósito a fibra mais forte que se conhece.
"Nosso processo de fabricação é muito simples e adequado para a indústria. Nós usamos óxido de grafeno barato e produzido em massa para substituir os mais caros nanotubos de carbono de parede única," disse Kim.
Enquanto nanotubos de carbono de alta pureza custam entre US$25.000 e US$90.000 o quilograma, o óxido de grafeno custa US$450 o quilograma.

Fabio e César


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Eles também são aliens, aparecendo em formas bizarras e intrigando os cientistas. Mas, ao invés de residirem no espaço, esses alienígenas habitam um reino subterrâneo escuro, circulando a energia do interior da Terra. 
A maioria dos intraterrestres vive embaixo do fundo oceânico, em uma biosfera invisível que é um amontoado de estranhos organismos. Muitos fazem suas casas nas dezenas de metros de lama abaixo do assoalho dos oceanos; outros vão ainda mais para baixo, em rachaduras de rochas sólidas, centenas de metros mais a fundo. 
Os cientistas estão apenas começando a investigar esse mundo subaquático. No meio do Pacífico Sul, especialistas descobriram como bactérias vivem em sedimentos pobres em nutrientes e sufocantes. Outros pesquisadores viram micróbios colonizarem um buraco a 280 metros do fundo oceânico. E perto da montanha submersa que marca o meio do oceânico Atlântico, cientistas encontraram organismos que não se parecem com nenhum residente marinho conhecido. 
Esses acontecimentos estão ajudando os biólogos a criar uma imagem do ecossistema do mundo do “fundo”. Entender como isso surgiu pode levar a uma melhor compreensão da origem da vida na Terra. Um dia, os intraterrestres podem até ensinar mais sobre os extraterrestres, já que são exemplos de vida em locais extremos. 
Deserto oceânico 
Considerando que os oceanos cobrem a maior parte do planeta, é insano saber tudo o que vive na lama e nas rochas deles. “É com certeza o habitat com o maior potencial do planeta”, afirma o biólogo Beth Orcutt. 
Alguns estimam que pelo menos um terço da biomassa do planeta está enterrada no chão oceânico. Muitas dessas bactérias e micróbios sobrevivem de comida que vem de cima, como as sobras de plâncton. 
Esses micróbios conseguem existir onde não seria possível. No meio do Pacífico Sul, por exemplo, está um vórtice onde a água circula em um turbilhão gigante, do tamanho de duas Américas do Norte. Como esse fenômeno acontece muito longe de qualquer terra firme – onde existem nutrientes para que os plânctons cresçam – o local é um verdadeiro deserto oceânico. 
Em alguns locais desse ponto, o assoalho oceânico cresce oito centímetros por milhão de anos. Isso significa que se você quiser plantar algo com uma raiz de 16 centímetros, estará cavando em uma lama com dois milhões de anos. 
Essas zonas de baixa produtividade, nos centros dos oceanos, são muito mais comuns do que as ricas em nutrientes, nas costas, mas os cientistas não costumam visitá-las por que são de difícil acesso. Em 2010, D’Hondt liderou um grupo até o vórtice e coletou amostras do fundo. “Nós queríamos ver como era a vida sedimentar da parte mais morta do oceano”, afirma. 
Entre outras coisas, os cientistas descobriram como os micróbios da lama “se viram”. Em outras áreas do oceano, onde mais nutrientes caem no assoalho, o oxigênio está presente até um ou dois centímetros para dentro da lama. Mas no vórtice, a equipe de D’Hondt percebeu que o oxigênio penetrava até 80 metros nos sedimentos. Para os cientistas, isso sugere que os micróbios respiram muito devagar, usando pouco oxigênio. “Isso quebra algumas expectativas padrões, mas até estarmos lá e perfurarmos, ninguém sabia”, disse. 
Outra possibilidade é que os micróbios tenham outra fonte separada de energia: radioatividade natural. Alguns elementos, presentes na lama e em rochas, liberam radioatividade que quebra o H2O em hidrogênio e oxigênio. Os microrganismos podem então consumir esses elementos, um fonte quase inesgotável. “Essa é a interpretação mais exótica, que temos um ecossistema vivendo de radioatividade natural que quebra as moléculas de água”, comenta. 

Maura e Fernanda

O fim da família solar


 - Que vai acontecer com o Sol e os planetas nos próximos bilhões de anos? Muita coisa ruim: Mercúrio e Vênus vão desaparecer, a Terra ficará sem água e Plutão terá temperaturas altíssimas -

  


Como todas as estrelas, o Sol um dia ficará velho – e isso decretará devastadoras mudanças nos nove planetas que o rodeiam. Quando envelhecer, daqui a bilhões de anos, felizmente, o grande astro onde cabe 1 milhão de planetas como o nosso, ficará 10 mil vezes maior ainda. Tamanha expansão o levará a ocupar no espaço o lugar por onde hoje passa a terra em sua órbita. Será o apocalipse em todo sistema solar. O colossal acréscimo de calor fará montanhas enormes tremer como geléia, luas geladas começarão a derreter e atmosferas espessas devem aparecer onde nunca antes soprou a mais leve brisa.

O destino do Sol já está traçado. Ele se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos, junto com os planetas, do colapso de uma nuvem de gás e poeira . Sob o efeito da compressão, a temperatura no interior dessa estrela os poucos chegou a 10 milhões de graus. Nesse ponto, as reações nucleares no seu interior começaram a transformar o hidrogênio em hélio. No período que então se iniciou, que os astrônomos chamam sequência principal, a energia interna contrapôs-se à pressão gravitacional da própria estrela, que assim parou de se contrair, mantendo-se constante (veja tabela). Calcula-se que o Sol permaneça mais 5 bilhões de anos nessa fase - a mais longa da vida de uma estrela.

Durante esse período, no qual surgiu e se multiplicou a vida na Terra, seu brilho só tende a aumentar. Ao surgir, o Sol tinha apenas 70% do brilho atual. No fim da seqüência principal, a luminosidade será três vezes maior do que a atual.
Naturalmente, essa variação se reflete nos planetas. Depois de se formarem, todos os três pequenos planetas irmãos – Vênus, Terra e Marte - provavelmente tinham água em estado líquido, o que é meio caminho andado para o aparecimento da vida. A água aparece quando a temperatura está acima de O°C e a pressão em torno de 6 milibares (1 milibar é 1 milésimo de uma atmosfera terrestre).

Em Vênus, que recebe do Sol duas vezes mais energia do que a Terra, a temperatura começou a aumentar em conseqüência de um fenomenal efeito estufa que teria destruído o oceano primitivo. A água que existia no planeta evaporou-se e se acumulou na atmosfera. O vapor ali funcionou como um gigantesco cobertor, impedindo que o calor escapasse para o espaço depois de refletido pelo planeta. Em seguida, a radiação solar ultravioleta decompôs as moléculas de vapor de água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio, mais leve, escapou para o espaço. O oxigênio acabou voltando para o planeta, combinando-se quimicamente com o material rochoso da superfície. Outro gás presente no efeito estufa venusiano - o dióxido de carbono expelido pelos vulcões - se acumulou na atmosfera do planeta, de onde não foi removido pelas chuvas, ao contrário do que aconteceu na Terra. A temperatura em Vênus hoje é de 550°C, o dobro do que seria sem o efeito estufa.

Que aconteceu ao nosso planeta na época em que o Sol brilhava menos? Teoricamente, toda a água daTerra teria ficado congelada. Mas não há evidências de que isso ocorreu. A explicação pode estar no efeito regulador do dióxido de carbono como gás do efeito estufa. Os oceanos não se congelaram e a água manteve um volume estável porque a atmosfera terrestre era mais rica em dióxido de carbono, e a temperatura do solo mais alta. Mas, à medida que o Sol se tornou mais brilhante, mais água evaporou. As chuvas também aumentaram, trazendo o dióxido de carbono à superfície. O gás passou a fazer parte da crosta terrestre, incorporando-se às rochas, e só em parte ínfima voltou à atmosfera terrestre alguns bilhões de anos depois, quando passou a ser liberado pelos vulcões.

Marte, como a Terra, também tinha água quando sua atmosfera era mais densa. Mas ali não havia a mesma atividade geológica que marcou a face terrestre - talvez porque o planeta esfriasse depressa em conseqüência do seu pequeno tamanho. Sem a realimentação da atmosfera pelo dióxido de carbono dos vulcões, o ar de Marte foi se tornando mais fino e a água no estado líquido aos poucos desapareceu da sua superfície. A idade das crateras marcianas indica que os canais escavados pela água devem estar secos há bilhões de anos. Os cientistas imaginam que abaixo da superfície exista um reservatório de gelo capaz de cobrir O solo marciano com 10 metros de água. Toda essa água pode aflorar à superfície daqui a 1 bilhão de anos, quando a energia solar aumentar 20%.

O calor deve sublimar (vaporizar diretamente do estado sólido) a água e o dióxido de carbono que também estaria congelado nas calotas polares marcianas. O aumento da pressão atmosférica acabará permitindo o aparecimento de água líquida nas regiões onde a temperatura chegar a O°C. Em todo oplaneta, a temperatura média deve aumentar 10°C. O calor adicional armazenado pelo efeito estufa garante que não faltará água durante os verões marcianos. Exposta à atmosfera, no entanto, esta água deve evaporar facilmente. Então, como no período anterior, durante os 10 milhões de anos seguintes, o dióxido de carbono será removido da atmosfera; não havendo atividade geológica, ficará retido na crosta marciana.

Nos próximos 3 bilhões de anos, quando o brilho do Sol aumentar mais da metade, a atmosfera de Marte será constituída principalmente de vapor de água. Desta vez, o calor - haverá um aumento de 25°C na temperatura - a chuva e a erosão tornarão o clima mais parecido com o da Terra. Esse úmido paraíso marciano a longo prazo, só será ameaçado pela radiação solar ultravioleta. Como ocorreu em Vênus, as moléculas de água, expostas à radiação, devem se quebrar em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio se perderá no espaço e o oxigênio ficará acumulado na atmosfera. O vapor de água vai acabar desaparecendo. Isso não acontece na Terra porque o nitrogênio é o gás dominante na atmosfera e o vapor fica confinado nas nuvens mais baixas.

De 1 a 3 bilhões de anos adiante, quando Marte estiver começando a ser um planeta hospitaleiro, aTerra estará a caminho de se tornar um deserto. O fenômeno terá causas naturais: um aumento de 10% no fluxo de energia solar sobre a parte mais alta da atmosfera terrestre nos próximos 500 milhões de anos. Isso tenderá a acelerar o efeito estufa como um círculo vicioso. Os oceanos aumentam a evaporação e a evaporação eleva a temperatura. Mais vapor de água na atmosfera bloqueando a passagem do calor tende a aumentar a evaporação. Deixando de lado a hipótese de alguma intervenção humana, que poderia retardar ou apressar esse processo, toda a vida na Terra estará extinta entre os próximos 500 milhões e 1.5 bilhão de anos.

Passados 10 bilhões de anos desde a sua formação, o núcleo do Sol terá queimado todo o seu hidrogênio. O hélio, por sua vez, começará a se contrair sob o efeito da própria gravidade. Sera o fim da sequência principal. Para compensar a contração do núcleo, as camadas externas do Sol vão começar a se expandir e a esfriar. Ele se tornará uma estrela muito maior e mais brilhante e sua cor deixará de ser branca ou amarela para adquirir um tom vermelho. Os astrônomos chamam essa fase gigante vermelha. Mais 1 bilhão de anos e o Sol terá um raio de 30 milhões de quilômetros, ou a metade de sua distância atual de Mercúrio. Se alguém na Terra ainda estivesse vivo, veria o Sol cinqüenta vezes maior no céu e 300 vezes mais brilhante do que hoje. Mercúrio e Vênus vão derreter-se e a temperatura na Terra pode chegar a 750°C.

Enquanto isso, que estará acontecendo com os planetas gigantes além de Marte e seus satélites gelados? Três das quatro grandes luas de Júpiter, chamadas galileanas, com vastos depósitos de água congelada, começarão a derreter feito sorvete. Uma delas, Europa, não só é coberta por uma crosta de gelo quase puro como também possui no subsolo um oceano líquido com 100 quilômetros de profundidade. As outras luas, Ganimedes e Calisto, têm gelo e rochas em proporções quase iguais, embora na superfície o gelo seja predominante (SUPERINTERESSANTE número 2, ano 4). Não se sabe quando esses megasatélites de Júpiter começarão a derreter-se, porque não se tem idéia do volume de amônia presente no gelo da superfície.

Quando a amônia está misturada na água, o gelo só se desfaz a 100°C negativos. Essa será a temperatura local quando o Sol for quatro vezes mais brilhante do que hoje, assim que terminar a fase da seqüência principal. Sem amônia, o descongelamento deve demorar mais. Em qualquer caso, a presença de água em estado líquido nas três luas abriria caminho para o aparecimento de atmosfera - e, como sempre, do efeito estufa resultante da evaporação. O vapor de água aprisiona mais calor e, em conseqüência, aumenta a temperatura local.

Mas a inexorável evolução solar vai mudar o panorama. Quando a grande estrela estiver no fim da fase gigante vermelha, a temperatura nas três luas será de 250°C e a água irá evaporar e se volatizar rapidamente. Entretanto, como esse calor não vai durar muito, sempre sobrará um pouco de água nos satélites de Júpiter. Titã, a maior lua de Saturno, já tem uma atmosfera de nitrogênio e metano e pressão de 1,5 bar, 50% a mais do que na Terra. Pouco se sabe de sua superfície, escondida por uma espessa camada de nuvens. Podem existir ali lagos de etano e metano e também de água congelada. Com a pressão atmosférica já existente, poderia fluir água no estado líquido quando a temperatura chegasse a 100°C negativos (caso estivesse misturada com amônia) ou O°C, no estado puro. Isso deve acontecer durante um período de 10 a 100 milhões de anos, quando o Sol estiver na fase gigante vermelha e com o reforço de um efeito estufa.

Enquanto isso, nada deve ocorrer de significativo nas dezenas de pequenas luas e nos anéis de gelo e poeira em volta dos quatro planetas gigantes Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Embora esses pequenos corpos tenham água congelada, esta acabará se transformando em vapor, que escapará para o espaço num prazo relativamente curto, em termos cósmicos, é claro. Sem gravidade suficiente para reter o gás, porque são muito diminutos, tais satélites e anéis não terão atmosfera e deverão se comportar como grandes cometas dotados de caudas enormes. 

Para estrelas com a massa do Sol a fase gigante vermelha termina abruptamente com o hélio queimando dentro do núcleo. A luminosidade, que havia aumentado 300 vezes, diminui. Ainda assim, o Sol estará cinqüenta vezes mais brilhante do que agora. O raio do astro também diminuirá e sua superfície ficará mais quente e azulada. Essa fase, relativamente breve na vida de uma estrela, dura cerca de 100 milhões de anos e os astrônomos costumam chamá-la ramo horizontal. No resto do sistema solar, a temperatura deve cair 60% em relação ao período gigante vermelha, anterior. Os pequenos planetas ditos terrestres - Mercúrio, Vênus, Terra e Marte - e os satélites de Júpiter estariam muito quentes para conservar água no estado líquido. Isso poderia acontecer apenas em Titã, a grande lua de Saturno.

O Sol, no período seguinte, supergigante vermelha, terá um núcleo de carbono-oxigênio envolto por duas camadas ardentes: uma de hélio, outra de hidrogênio. Essas duas camadas vão crescer, tornando o astro quase 10 mil vezes mais brilhante do que hoje. O Sol terá então um raio de 150 milhões de quilômetros. Quando isso acontecer, as temperaturas no sistema solar vão subir dez vezes - inevitavelmente, também a Terra e Marte começarão a derreter-se. Até Plutão, o último planeta em volta do Sol, e Tritão, lua de Netuno, os dois corpos mais frios do sistema solar, terão temperaturas africanas. Já o efeito do calor sobre os quatro planetas gigantes será apenas marginal. Como são muito grandes e compostos principalmente de gases, uma parte desse material deve se expandir e se perder no espaço. Mas a estrutura interna dos planetas permanecerá inaltera

Destino mais trágico aguarda Mercúrio e Vênus, engolidos pelas camadas exteriores do Sol. Quando a estrela em expansão engolfá-los, os dois planetas começarão a evaporar e a espiralar-se em direção do núcleo solar. A Terra talvez passe por essa mesma experiência. Mas, coberto por um oceano de rocha líquida, o planeta poderá se salvar porque não estará mais na órbita atual. Gigantes e supergigantes vermelhas perdem considerável parte de suas massas ao liberar grande quantidade de gás e poeira. No caso do Sol, quase a metade da massa escapará para o espaço, reduzindo a sua gravidade.

Na época em que a superfície do Sol estiver se expandindo e se aproximando da órbita da Terra, esta já terá se retirado para mais longe e assim será mantido o equilíbrio. De qualquer modo, é difícil prever o que vai acontecer com o planeta. Se sobreviver a essa fase, será apenas um globo pastoso e vítreo. Marte e os outros planetas do sistema solar também poderão sobreviver, mas em órbitas mais distantes. Até o fim da fase supergigante vermelha, o único lugar do sistema solar onde poderá existir água em estado líquido será Tritão, o satélite de Netuno - e possivelmente Plutão, o mais distante.

Visto da superfície de Tritão, atualmente a 4,5-milhões de quilômetros do Sol, este terá oito vezes o tamanho atual. O céu deverá brilhar dia e noite, porque a luz solar refletirá os turbilhões de poeira do vento que vem do astro. Se acontecer com o Sol o mesmo que acontece com outras supergigantes vermelhas estudadas pelos astrônomos, o céu noturno será tão brilhante quanto o diurno, mas a cor não será a mesma. As minúsculas partículas de poeira dispersarão as ondas mais azuis do espectro de luz, do mesmo modo que as moléculas de gás na atmosfera terrestre fazem o céu ficar azul. 

O céu noturno nesse futuro sistema solar será róseo como hoje é o entardecer logo após o poente. Não só o Sol, mas também os cometas devem contribuir para o acúmulo da poeira. Muitos cientistas acreditam que, além de Plutão, nos limites do sistema solar, existe um círculo de cometas chamado cinturão de Kuiper, que se estende por centenas de . mílhões de quilômetros. Quando o Sol estiver nas fases gigante e supergigante vermelha, esses cometas começarão a sublimar o gelo que envolve os seus núcleos, liberando grandes quantidades de poeira e vapor.

No final de sua vida, daqui a 7 bilhões de anos, as camadas exteriores do Sol terão se transformado numa nebulosa planetária. O núcleo será então uma bola de carbono e oxigênio, inerte, compacta e muito quente. Quando a força da gravidade contrabalançar a pressão, o núcleo deve parar de se contrair e de gerar calor. O Sol terá então se transformado numa anã branca, com apenas a metade de sua massa atual, volume igual ao da Terra e densidade de uma tonelada por centímetro cúbico. Os planetas que sobreviverem terão dobrado a sua distância orbital. Além disso, calcula-se que metade dos cometas abrigados no cinturão de Kuiper se perderão no espaço, atraídos pela gravidade das estrelas e pelas outras galáxias próximas. 

Entre as fases supergigante e anã branca, a luminosidade do Sol cairá 1 milhão de vezes - seja lá o que queira dizer tamanho encolhimento. Cada planeta sobrevivente terá de novo e durante alguns milhares de anos temperaturas compatíveis com a existência de água líquida. Visto da Terra, que estará então orbitando a 300 milhões de quilômetros do Sol - quase o dobro da distância atual - ele parecerá menor do que Vênus e Júpiter hoje e seu brilho 100 vezes menor. A temperatura absoluta no sistema solar deverá diminuir três vezes. Na Terra, novamente sólida, ficará em torno de 200 graus Celsius negativos - a mesma de Plutão atualmente. A cor do então solzinho deverá ficar esbranquiçada no começo, para depois se deslocar rumo às faixas amarela, laranja e vermelha do espectro. Enfim, o Sol terá se transformado numa fria anã preta, reinando sobre uma corte de mundos derretidos e congelados, orbitando numa escuridão apenas iluminada pela luz de estrelas distantes.


FONTE: http://super.abril.com.br/tecnologia/futuro-sistema-solar-fim-familia-solar-439513.shtml


Por: Paola e Lilian.

Robôs serão nossos companheiros no futuro, diz ex-astronauta da Nasa


No começo, um mundo semelhante aos filmes futurísticos ou às férteis imaginações da infância foi sendo apresentado. A sensação, obviamente, foi divertida. Experimentos com robôs, com moléculas, células, proteínas, assim como viagens ao espaço foram projetadas durante o Executive Program, organizado pela Fiap e Singularity University, entre os dias 16 e 17 de março.
Grandes pensadores de diversas áreas da tecnologia traçaram os caminhos das próximas inovações e como elas impactariam o mercado.
O especialista em robótica da Singularity University e ex-astronauta da Nasa, Dan Barry, mostrou, por exemplo, uma orquestra de robôs voadores, na maior harmonia musical. Apresentou também o “Big Dog”, um cachorro, que mais parece uma aranha gigante de quatro patas, desenvolvido para ser um “burro de carga” de soldados americanos. O mais impressionante é que ao caminhar em pisos escorregadios ou levar um forte chute, o “Big Dog” se movimenta, tentando recuperar o equilíbrio, da mesma forma que um ser humano.
-Ah, coitadinho, reagiu a plateia. Logo me veio à cabeça: estamos sentindo pena de um robô?
Exatamente isso. O sentimento de afeto por um robô não será possível, mas será realidade na opinião de Barry. “O robô vai ser um grande companheiro das pessoas no futuro. Alguém em que se pode confiar os segredos”, afirma o cientista.
Não há dúvida de que os robôs, que hoje ainda possuem grandes dificuldades de adaptação a ambientes desconhecidos e em reconhecer idiomas diferentes, vão evoluir – e muito – tendo em vista o barateamento dos sensores.
Parafraseando o filósofo René Descartes, “Penso Logo Existo”, a lógica dos robôs é “Eu me movo, então eu penso”. Segundo Barry, os robôs precisam experimentar o mundo.
Diferentemente do início da palestra, onde a sensação mais se aproximava a de uma criança estupefata pelo desconhecido, o sentimento, depois, passou a ser o de desconforto diante de uma pergunta inevitável: mas o robô terá consciência? De quem será a responsabilidade se a “máquina” fizer algo que não estava programado?
Barry deixa em aberto. “Vamos ter de escolher aonde queremos chegar”.

Maura e Fernanda

Estudo comprova que Einstein estava certo sobre expansão do universo


LONDRES - A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é "incrivelmente precisa", reafirma um estudo publicado nesta sexta-feira, 30, que ressalta os acertos dos cálculos do físico alemão na hora de explicar a expansão do universo.
Dados obtidos nos estudos sobre a Teoria da Relatividade são 'totalmente consistentes' - Arquivo/AE

A conclusão é de uma pesquisa feita por uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (Grã-Bretanha) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre (Alemanha), cujos resultados foram anunciados em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester (Inglaterra).
Assim, a expansão do universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta "mais simples" para este fenômeno, segundo os especialistas.
Os pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões de anos, quando o universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram medições com uma precisão "extraordinária". A Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.
Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, "a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando". Neste processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a aceleração da expansão do universo.
Na opinião de Rita, o melhor da Teoria Geral da Relatividade de Einstein é que ela pode ser comprovada e que os dados obtidos neste estudo "são totalmente consistentes" com a noção de que esta energia do vazio é a responsável pelo efeito de expansão.
Segundo os especialistas, esta confirmação ajudará os cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece. Eles também esperam avançar na pesquisa da matéria escura, aquela que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as galáxias.
Os físicos calculam que a matéria escura representa cerca de 20% do universo, e o estudo publicado parece respaldar sua existência. "Os resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da gravidade", acrescentou Rita.


Maura e Fernanda

COMO FOI CALCULADA A VELOCIDADE DA LUZ?


        
Até 1676, acreditava-se que a luz era instantânea. Naquele ano, o astrônomo dinamarquês Ole Roemer observou no telescópio que, em comparação com seus cálculos, havia um atraso de 22 minutos nos eclipses das luas de Júpiter. Roemer concluiu que o atraso correspondia ao tempo que a luz dos satélites levava para alcançar a Terra, à velocidade que estimou em 225 000 quilômetros por segundo. "Esse valor estava bem próximo do que é aceito hoje", diz o físico Giorgio Moscati do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmetro). O valor correto - 299 792 km/s - foi determinado apenas em 1926 pelo físico alemão Albert Michelson. Para chegar a esse número, Michelson aperfeiçoou, durante 25 anos, o interferômetro, aparelho que mede em espelhos fixos o desvio da luz refletida por espelhos rotativos.



Por: Paola e Lilian


EUA: Descoberta pistas da 'partícula de Deus'


Cientistas anunciaram uma descoberta que os coloca mais próximos de provar a existência do misterioso bóson de Higgs, a chamada "partícula de Deus", supostamente responsável por conferir massa à matéria e que completaria a teoria de Albert Einstein sobre o universo.

Analisando dados de cerca de 500 trilhões de colisões entre partículas subatômicas, numa experiência destinada a reproduzir as condições imediatamente posteriores ao Big Bang (explosão primordial que deu origem ao universo), os cientistas do Fermilab, nos arredores de Chicago, produziram cerca de mil partículas de Higgs em mais de uma década de trabalho.




"Infelizmente, essa pista não é suficientemente significativa para concluir que o bóson de Higgs existe", disse o físico Rob Roser, do Fermilab, ao explicar as descobertas que estão sendo apresentadas nesta quarta-feira (07) numa conferência em La Thuille, na Itália

A imagem que os cientistas têm das efêmeras partículas de Higgs, que rapidamente se transformam em outras partículas, ainda é ligeiramente "borrada", segundo Roser. Há uma chance de 1 em 250 de que os físicos tenham se deparado com um acaso estatístico, em vez de terem detectado um bóson de Higgs, e isso está perto do limite de 1 para 740 que a física estabeleceu para a prova da existência de uma partícula subatômica.

A detecção do bóson de Higgs poderia provar a existência de um campo invisível que supostamente permeia todo o universo. O campo de Higgs foi proposto na década de 1960 pelo cientista britânico Peter Higgs, como sendo a forma como a matéria obteve massa depois do Big Bang. Segundo essa teoria, o bóson foi o agente que possibilitou o desenvolvimento das estrelas, dos planetas e da vida, ao dar massa às partículas mais elementares. Por isso alguns apelidam o bóson de "partícula de Deus".

Ele também completaria o Modelo Padrão da Física proposto por Albert Einstein. Caso a partícula não exista, os físicos precisariam procurar outra explicação para o fato de as partículas terem adquirido massa em vez de ficarem vagando a esmo pelo universo.

O peso das partículas de Higgs encontradas no Fermilab é consistente com o que foi detectado no Grande Colisor de Hádrons, um acelerador de partículas mais poderoso, pertencente ao instituto europeu de pesquisas Cern, que funciona nos arredores de Genebra, na Suíça.

A descoberta do Fermilab foi feita no acelerador Tevatron, de 6,3 km de comprimento, que foi desativado em setembro de 2011. Esse trabalho agora será feito exclusivamente pelo Grande Colisor de Hádrons, que tem 27 km de perímetro para as colisões de partículas.

O Fermilab continua analisando os dados obtidos nas suas experiências, e Roser disse que uma conclusão definitiva pode ser apresentada em junho.





Mateus e Gabriel Wedig.

Qual a origem dos nomes dos elementos químicos?



Origem (in)comum


- Ítrio (Y)
ítrio, térbio, érbio e itérbio foram gerados de minérios raros encontrados em uma mina na vila sueca de Ytterby - daí seus nomes serem uma variação dessa palavra.


- Manganês (Mn)
O manganês levou o nome por engano: seu minério foi confundido com a magnetita. Esta, por sua vez, herdou o nome de Magnes, suposto pastor grego que a teria descoberto.

- Cobalto (Co)
Cobalto deriva de Kobold, um espírito maligno do folclore alemão. Isso porque está presente em minérios cuja exploração era tóxica aos trabalhadores.

- Níquel (Ni)
Níquel deriva de uma palavra alemã para "diabo". Quando foi descoberto, acreditava-se que se tratava de cobre. Mas, como sua extração era impossível, os trabalhadores culparam um espírito maligno.

- Índio (In)
Não tem nada a ver com indígenas (ou a Índia). Quando colocado numa chama, o índio emite uma luz índigo, cor situada no espectro entre o azul e o violeta.

- Antimônio (Sb)
O batismo vem do grego: antimônio significa "não está sozinho". Isso porque o elemento geralmente não é encontrado isolado, e sim combinado com enxofre ou oxigênio.

- Túlio (Tm)
O nome é inspirado em Thule, uma ilha européia registrada em diferentes locais de acordo com a época. Pode ser as ilhas Órcades, as ilhas Shetland, a Islândia ou até a Groenlândia.

- Ununhéxio (Uuh)
Cada algarismo do número atômico destes últimos elementos foi convertido em uma "sílaba" do seu nome. O algarismo 1, por exemplo, se torna "un", e o 6, "héxio". Então o elemento de número 116 virou "ununhéxio".




Por: Paola e Lilian



Lua de Saturno pode ter um vasto mar em seu interior, por Luana Gertz e Bethania Confortin


Sonda Cassini mostra que a vida pode, literalmente, estar chovendo em Encélado

A sonda Cassini, lançada pela Nasa e pela Agência Espacial Européia, está examinando vapores que são lançados pela lua Encélado, de Saturno, como em gêiseres gigantes. A composição dessa substância surpreende: água, material orgânico (moléculas de carbono, nada que esteja necessariamente vivo) e sal. Análises mostraram que pedaços de gelo expelidos por Encélado têm a mesma quantidade de sal que os nossos oceanos, sugerindo que a lua pode ter um vasto mar em seu interior. O que faz com que os cientistas tenham esperança de encontrar vida por lá é que a força gravitacional gigante que Saturno exerce no satélite pode gerar calor. Ou seja, as condições seriam parecidas com as da Terra. E descobrir se essa hipótese se confirma, segundo cientistas responsáveis pela Cassini, seria simples. Uma sonda especializada só precisaria passar por um desses gêiseres e coletar material, como se estivesse cheirando o vapor. “Pode parecer maluquice, mas micróbios podem estar chovendo nesse pequeno mundo”, conta a responsável pela coleta de imagens da Cassini, Carolyn Porco. “Não precisaríamos nem pousar, só passar por uma dessas ‘nuvens’”, completa. 

Fonte: Redação Galileu

Editora Globo

um passo importante no conhecimento da matéria do universo.







Cinco novas partículas subatómicas foram descobertas por uma equipa de físicos, coordenada pelos físicos Eef Van Beveren, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e George Rupp, do Instituto Superior Técnico (IST). Trata-se de uma descoberta essencial para um melhor conhecimento e compreensão dos mecanismos básicos da matéria do Universo.


O modelo matemático, desenvolvido por estes físicos decifrou os resultados de uma das muitas experiências realizadas em laboratórios gigantes de aceleradores de partículas nos Estados Unidos da América, Japão, Rússia e Alemanha.


A surpreendente descoberta, que já foi aceita para publicação na EuroPhysics Letters (a revista europeia de referência da Física), vem na sequência de três décadas de investigação persistente nesta área, e com resultados anteriores reconhecidos e validados pela comunidade científica mundial da física.


Para se perceber um pouco como esta equipa de físicos descortinou as cinco novas partículas enigmáticas do espectro de charmónio (partículas chamadas mesões constituídas por um quark e anti-quark, ambos do tipo charm), Eef Van Beveren explica: “o grupo Belle (um consórcio internacional de investigadores responsáveis por experiências no acelerador de partículas KEK, no Japão – onde se provocam colisões de electrões com positrões a altas energias) analisou, entre outras, a produção de pares de partículas lambda e a sua antipartícula. Estamos a falar de milhões de choques por segundo, cujo registo é enviado para computadores. Nós pegámos nos dados publicados pelo grupo Belle e avançámos para a complicadíssima tarefa de os analisar, interpretar e perceber o que eles descrevem. Utilizamos o nosso modelo matemático que é único (embora nos últimos anos tenham surgido outros modelos, mas cujos resultados não são visíveis), que permite perceber e explicar os registos das experiências”, observa o Físico da FCTUC.


Decifrar e descrever o comportamento de cinco novos mesões foi “uma enorme surpresa e satisfação encontrar, no sítio certo, estas cinco partículas, cuja existência, eu e o George Rupp, já suspeitávamos há trinta anos”, afirma Eef Van Beveren, quem não tem dúvidas, “que ainda há trabalho experimental a realizar para confirmar a nossa descoberta, mas, demos um passo de gigante, utilizando o nosso modelo da dinâmica dos quarks com o objectivo de aumentar conhecimento na Física das Partículas”.



Mateus e Gabriel Wedig

Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos, por Luana Gertz e Bethania Confortin


Tempestade solar pode causar apagões, prejudicar aviação e afetar sistemas tecnológicos NASA/AP Photo
Cientistas explicam que explosão no Sol lançou uma nuvem de partículas carregadas em direção à Terra.


Uma tempestade solar, considerada a maior dos últimos cinco anos, está a ponto de sacudir o campo magnético da Terra. Depois de atravessar o espaço durante um dia e meio, a enorme nuvem de partículas carregadas chegará ao planeta nesta quinta-feira e pode afetar as redes de eletricidade, os sistemas de navegação de satélites e alguns voos, especialmente no Hemisfério Norte.Ao mesmo tempo, a tormenta pode produzir auroras boreais em pontos mais remotos dos polos do que o habitual. Cientistas disseram, na quarta-feira, que o fenômeno, o qual começou com uma enorme explosão solar no início da semana, está crescendo à medida que se afasta do Sol, expandindo-se como uma "enorme bolha de sabão".Quando chegarem à Terra, as partículas se moverão a mais de seis milhões de quilômetros por hora. Os astrônomos dizem que o Sol tem estado relativamente "tranquilo" durante algum tempo e que a tempestade, além de forte, pode parecer mais feroz porque a Terra passou muitos anos com uma atividade solar fraca.As tormentas solares não causam danos a seres humanos, mas prejudicam a tecnologia. No último registro, em meados de 2002, especialistas descobriram que os aparatos que utilizam o sistema de posicionamento global, o GPS, era vulnerável às erupções do Sol.Com as novas tecnologias surgindo cada vez mais rápido, os cientistas concluíram que alguns desses sistemas também estão em risco, afirmou Jeffrey Hughes, diretor do Centro de Modelos Integrados do Clima Espacial da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

Fonte: Jornal Zero Hora 08/03/2012 | 01h30